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a.h

Monday, September 03, 2007



3/9/2007
Quando impera a bagunça
Destaques


Especialista em planejamento de transportes, o engenheiro e pesquisador da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) Ronaldo Balassiano acredita que o grande erro do sistema de transporte alternativo da cidade é a sua desregulamentação.
- Aqui o que o Estado fez foi legalizar as vans. Mas não existe regulamentação, como no caso dos ônibus, em que se sabe quantos veículos operam determinada linha, o quadro de horários de circulação dos ônibus.
Responsável pelo desenvolvimento de um sistema que monitora congestionamentos em tempo real, Balassiano diz que, apesar de contribuírem, não são as disputas entre vans e ônibus que complicam o trânsito da cidade. Segundo o pesquisador, os carros de passeio são, disparados, o grande nó a se resolver na cidade.
- Quando há um desequilíbrio entre a oferta de vans e a demanda de passageiros, complica, sim. Não é coerente eu ter uma van operando na Avenida Brasil, a não ser que os ônibus não dêem conta da demanda. O papel desses sistemas menores é alimentar os maiores. Mas na questão específica dos congestionamentos, o pivô é o carro de passeio mesmo - avalia.
Uma solução para integrar racionalmente as cerca de quase 40 mil vans em circulação no Rio à rede de transportes da cidade seria aprimorar as integrações modais, elogiadas por ele, entre ônibus, trem e metrô.
- É por aí que o governo tem de trabalhar - diz.
Para Ronaldo Balassiano, que cursa pós-doutorado na Universidade de Berkeley, na Califórnia, a questão do transporte alternativo é tão desorganizada que até iniciativas boas, segundo ele, como o uso de carros de passeio particulares para o transporte de passageiros, acabam caindo no redemoinho de irregularidades que atinge a cidade.
- Em São Francisco, na Califórnia, acontece muito esse tipo de carona. Principalmente, para atravessar uma ponte parecida com a Ponte Rio-Niterói. O motorista divide o pedágio com os outros. O transporte solidário é benéfico sim, mas tem sempre um esperto querendo ganhar vantagem e cobra passagem de quem entra no seu carro. Aí vira terra de ninguém - diz.

Por Jornal do Brasil

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