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Porto Alegre, quarta-feira, 5 de setembro de 2007
Empresários pedem que governo não atrapalhe transporte hidroviário
Um dos repórteres desta página anotou esta fala do presidente da ABTP, Wilen Manteli, ao falar nesta segunda-feira do Seminário Dia da Navegação, promovido pela Câmara Brasil-Alemanha:
- O transporte hidroviário gaúcho receberá grande incremento com a decisão da Aracruz de instalar terminas fluviais em Rio Pardo e Cachoeira do Sul”.
A Aracruz, que já tem fábrica de celulose e papel em Guaíba, RS, investirá mais US$ 1,2 bilhão no Estado. StoraEnso e VCP, com investimentos parecidos já programados para a mesma área, usarão menos os rios, mas a VCP pretende botar dinheiro grosso na Lagoa dos Patos, do outro lado de Rio Grande, em São José do Norte, pelo menos enquanto não sair o túnel ligando as duas cidades.
Wilen Manteli aproveitou para se queixar do governo gaúcho (ele não estava se referindo a ninguém em especial, mas ao conjunto da obra. "Somente no governo Rigotto tivemos três secretários de Transportes, o que atesta a falta de continuidade de projetos". Manteli disse ainda que o uso das hidrovias no Estado servirá de indutor de desenvolvimento dos municípios localizados ao longo dos rios navegáveis. "Trata-se de um fator de desenvolvimento que tem sido negligenciado ao longo dos anos", avisou.
Aliás, o presidente da ABTP, Wilen Mandeli, está montando uma comitiva de empresários peso-pesados para ir à governadora Yeda Crusius reivindicar a gestão compartilhada, entre os setores público e privado, do Porto do Rio Grande. "Sem essa medida, vamos continuar à mercê da burocracia e do adiamento de importantes investimentos", adverte o dirigente. Falta planejamento e ação.
O presidente da ABTP está forrado de razão. Vale a pena lembrar que a decisão da Aracruz de construir um terminal fluvial em Cachoeira do Sul, por exemplo, criará uma situação sui generis no Brasil: será o único município brasileiro a ter dois portos independentes, um em frente ao outro.
Uma bagunça.. O terminal já existente foi construído pelo Estado em 1993. A obra foi ordenada pelo então secretário dos Transportes, Matheus Schmidt. Não houve estudos prévios de demanda de cargas para movimentar o terminal.
Nunca será usado pela Aracruz, cuja área de florestamento fica na margem oposta.
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