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O presente blog, Geografia Conservadora servirá mais como arquivo e registro de rascunhos.
a.h

Sunday, October 30, 2005

Energia Nuclear no Brasil

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Brasil nuclear

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Para Aquilino Senra, professor de engenharia nuclear na pós-graduação da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), produção brasileira de energia nuclear ainda é baixa se comparada aos países que lideram essa atividade; ele recorda que, na França, 78% do total energia produzida vêm de fontes nucleares mas, no Brasil, é de apenas 3,7%. Senra lembrou ainda que países como os Estados Unidos, na década de 50, a França, nos anos 60, o Japão e a Coréia do Sul, na década de 80, e, mais recentemente, a China, deram impulso a significativas transformações em suas economias a partir do desenvolvimento de suas indústrias nucleares. "Se o Brasil também quiser fazer parte desse grupo de países que conseguiram impulsionar sua economia, não vai poder abrir mão do desenvolvimento da sua indústria nuclear. Ela é estratégica e economicamente viável", disse o pesquisador da UFRJ. Com relação à usina de Angra 3, Senra foi categórico: "Esse projeto vem sendo empurrado com a barriga há várias gestões. Ele precisa funcionar porque vai consolidar o aproveitamento tecnológico no enriquecimento de urânio, que envolve conhecimentos acumulados principalmente na última década e o investimento já realizado nessa tecnologia na ordem de US$ 1 bilhão", disse ele. [1]
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Já para Marcelo Furtado, diretor de campanhas do Greenpeace, a retomada do Programa Nuclear Brasileiro é um “erro tecnológico” por considerar a energia nuclear uma tecnologia “ultrapassada” e obsoleta, exigindo, em seu lugar, o aproveitamento das fontes eólica e solar. [2] Sob o ângulo da obsolescência tecnológica, chega a ser ridícula a comparação da ONG. Por mais avançados que sejam os modernos cata-ventos, eles esbarram na baixíssima densidade de fluxo energético dos ventos e, o que é pior, em sua inconstância. Imaginar-se que uma economia moderna possa estar sujeita aos caprichos eólicos é similar a pregar o retorno às caravelas. Claro, mesmo que fossem super-caravelas navegando por GPS, ficariam à mercê das calmarias da mesma forma que suas antecessoras de séculos atrás.
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Quanto à densidade de fluxo energético da fonte basta mencionar que a energia produzida pela fissão completa de uma pastilha (pellet) de urânio enriquecido usualmente utilizadas em usinas nucleoelétricas do tipo Angra, pesando apenas 2,8 g, equivale à combustão de 30 barris de petróleo, ou a 6,15 toneladas de carvão, ou a 23,5 toneladas de madeira seca. A densidade de fluxo energético é diretamente proporcional ao rendimento térmico final que se reflete, por exemplo, nas áreas ocupadas pelas usinas. Compare-se agora a “obsolescência tecnológica” da energia nuclear de fissão, com densidade energética da ordem de 50 a 200 MW/m2, com a eólica, que raramente chega a 0,000004 MW/m2 (o típico é de 0,0000012 MW/m2). Assim, não surpreende que uma gigantesca “fazenda eólica”, com cata-ventos suficientes para gerar 1.000 MW de eletricidade, necessite de uma área superior a 800 km2. Porém, como os ventos só “sopram” quando querem, para cada MW “eólico” exige-se outro MW gerado “convencionalmente” de reserva.
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.http://www.alerta.inf.br/09_2005/050908b.htm
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