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O presente blog, Geografia Conservadora servirá mais como arquivo e registro de rascunhos.
a.h

Friday, November 04, 2005

Tríplice Fronteira: eles estão entre nós

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MIDIA JUDAICA INDEPENDENTE
Não existe Hamas no Brasil. Então quem foi preso?

Não existe Hamas no Brasil. Não existem grupos terroristas muçulmanos atuando no Brasil. Este sempre foi o discurso oficial em relação à Tríplice Fronteira 1 (Argentina, Paraguai e Brasil), já que temos um monte de tríplices fronteiras.

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Só que no sábado, de uma forma que devia ter sido muito divulgada, mas não foi, a Polícia Federal brasileira declarou que prendeu o líder do Hamas na região, em Foz do Iguaçu. Junto com ele, mais 21 pessoas. Essa prisão ocorreu alguns dias depois de ser desbaratada a quadrilha libanesa de tráfico internacional de drogas que operava em São Paulo e no litoral paulista, com mais um monte de árabes. A queda de uma deve ter levado ao encontro da outra.

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Enquanto a primeira operação foi para todos os jornais e TVs, a segunda está sendo enviada para o mundo inteiro pelo caminho mais inesperado: a agência de notícias oficial do Irã, a IRNA, como você pode ver neste link do serviço noticioso dela em espanhol.

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http://www.irna.ir/es/news/view/line-80/0506190450140002.htm

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A vinculação dos libaneses de São Paulo com o Hezbollah era tão óbvia que a TV chegou a mostrar uma imensa foto do sheik Nasrallah, líder do Hezbollah, que ficava na parede da casa do chefão do tráfico. Uma grande quantidade de documentos falsos e em branco foi apreendida junto mais de uma dúzia de celulares clonados, algumas armas e 300 mil dólares em dinheiro além de cocaína no apartamento e num barco no litoral.

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Em Foz do Iguaçu a busca era também por documentos falsos e sistemas para falsificação de cartões de crédito, só que o peixe foi maior. Segundo as PFs do Brasil e do Paraguai Saiel Bashar Yahya Al Atary, apontado como líder do Hamas na Tríplice Fronteira caiu junto com seus comparsas. Ele também é apontado como sendo um dos líderes anti-israelenses mais radicais da região. Mas o Hamas não atua no Brasil...

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Entre os presos está o sócio dele, Said Al Taijen, líder espiritual muçulmano na região e esse monte de gente aqui: Hicham Abdul Rahman, Khalil Badrum, Mahmoud Bachar Atary, Mohamad Hassan El Said, Bilal Saki Abdel Fatah Shejade, Mamoun Ismail Shejade, Moustapha Ismail Shejade, Jihad Baalbaki, Alal Jamal Yamil Amer e Nadauf Al Moutylrl, todos simpatizantes do grupo islâmico.

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Neste mesmo sábado, um analista sobre terrorismo nos EUA declarou em entrevista que a al Qaeda está estabelecida em todos os países americanos (Norte, Centro e Sul) e estão aliados a traficantes de drogas, principalmente no México, aproveitando o sistema de imigração ilegal para conseguir entrar nos EUA. Também neste fim de semana foram encontrados túneis de passagem do México para os EUA, muito parecidos com os do Egito para Gaza, indicando outra forma de entrada ilegal nos EUA.

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Os números que a mídia americana dá é de mais de 2 milhões de imigrantes ilegais tendo entrado no país em 2004. Também na semana passada 134 criminosos imigrantes ilegais foram presos no mesmo dia nos EUA para serem deportados para seus países. A entrada ilegal nos EUA parece ser tão simples para alguns grupos que um dos presos, de Trinidad & Tobago, está sendo deportado dos EUA pela vigésima terceira vez... É inacreditável!

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Se juntarmos estas notícias numa só, como esta, o quadro está muito claro. O que o americano falou foi simultâneo e até mesmo antes de ocorrerem as operações no Brasil.

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Para um grupo que não existia oficialmente no Brasil até que está bom. Agora, será que você vai finalmente acreditar que Hezbollah, Hamas e al Qaeda estão entre nós?

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http://www1.folha.uol.com.br/fsp/mundo

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BRASIL

Entre os detidos está o líder de uma associação palestina

PF prende em Foz 22 suspeitos de vínculos com terrorismo islâmico

LÉO GERCHMANN

DA AGÊNCIA FOLHA, EM PORTO ALEGRE

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A Polícia Federal do Paraná prendeu no último dia 7, o presidente da Associação Palestina de Foz do Iguaçu, Saiel Bashar Al Atary, 43, e o investiga por suspeita de vínculo com o terrorismo islâmico. Ele seria integrante do grupo terrorista Hamas.

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Jordaniano de nascimento, Al Atary foi preso junto com outras 21 pessoas em uma investigação sobre fraudes em cartões de crédito, falsificação de documentos e narcotráfico. Agora, a PF investiga sua suposta ligação com o extremismo islâmico. As apurações correm sob sigilo.

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A PF investiga se os presos faziam remessas de dinheiro para organizações terroristas no Oriente Médio. Tais remessas são a atividade mais investigada pela polícia para localizar células terroristas na região da Tríplice Fronteira -entre Brasil, Paraguai e Argentina.Mesmo vivendo em Foz, Al Atary freqüentava uma mesquita em Ciudad del Este, no Paraguai. Em seu poder, foram achados documentos brasileiros, paraguaios, libaneses e jordanianos. A autenticidade está sendo investigada.

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A Folha procurou integrantes da comunidade árabe de Foz do Iguaçu. Alguns deles, que não quiseram se identificar, disseram que Al Atary não tem vínculos com o Hamas e é um comerciante da cidade que foi preso por ter alugado um imóvel para alguém que clonava carros. Os integrantes da comunidade o definem como uma pessoa tranqüila.

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As outras pessoas também presas pela PF na região de Foz do Iguaçu estão igualmente sendo investigadas pelo vínculo com o extremismo islâmico.

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Alguns são acusados de ligações com outro grupo extremista -o Hizbollah, que é acusado de terrorismo por Israel e EUA, mas é partido político reconhecido no Líbano. Na sua maioria, os detidos comerciantes com negócios em Ciudad del Este, cidade paraguaia que fica do outro lado da fronteira com o Brasil, na divisa com Foz.

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A Tríplice Fronteira é formada, além de Foz e Ciudad del Este, pela cidade argentina de Puerto Iguazú. A região atrai suspeitas de conter células do terrorismo islâmico, em razão da grande comunidade árabe existente nas três cidades e da facilidade para transitar entre as diferentes fronteiras.

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É de lá que a Justiça da Argentina suspeita que se tenha originado a logística para os atentados contra a Amia (associação mutual israelita, em Buenos Aires), em 1994, e contra a Embaixada de Israel, em 1992. Nos dois atentados, ainda não esclarecidos, foram mortas mais de cem pessoas.

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Com freqüência, autoridades americanas citam a Tríplice Fronteira como fonte de recursos para grupos terroristas no Oriente Médio. Em relatório divulgado em março, o governo americano diz que "os EUA [...] continuam preocupados com o fato de área da Tríplice Fronteira [...] não ter pré-requisitos para controlar a circulação de dinheiro e o fluxo na fronteira e é suspeita de ser fonte de financiamento ao terror".

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